Sobre escrever

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Ano passado, no meio da loucura da pandemia, adaptação ao teletrabalho, seleção para o mestrado, eu saí do Instagram porque eu estava muito cheia de coisas para fazer e precisava evitar as distrações. Foi bom! Mas eu estava sentindo muito falta mesmo de poder escrever, mas escrever sem ser lida, sem o texto gerar conversas com aqueles que amo não parece ter tanta graça. Antes de sair do Instagram salvei vários textos que eu tinha escrito por lá e prometi que migraria para uma plataforma mais adequada para publicação de textos. Fui criando essa página e meio que deixando para depois a publicação. Ainda não sei ao certo, mas acho que me fará bem voltar a escrever, voltar a dividir as delícias da vida.

A escrita sempre esteve em minha vida. Muito cedo eu me lembro que escrever cartas me dava um prazer enorme. Eu tinha nessa época até um caderno de rascunhos, escrevia, corrigia, passava a limpo e enviava para as pessoas que eu amava. Tenho aqui guardadas, cartas que datam de 1996 (foto abaixo), quando eu, com apenas 12 anos escrevia para minha avó paterna em “nome da família” para dar notícias do que estava acontecendo. Tempos em que notícias não eram dadas em tempo real, eram esperadas com ansiedade e cheiro de papel.

Então, mesmo depois das novas tecnologias, a escrita mudou um pouco, mas continua a me fazer feliz da mesma forma e é isso que quero compartilhar por aqui. Trazer para o papel tudo aquilo que vem do coração, do olhar aos pequenos detalhes, da caminhada despretensiosa, de uma página de livro, um episódio de uma série, da conversa com o amigo, do cheiro de comida na cozinha. Há alguns textos que havia publicado no Instagram que recuperei para essa página.

A vida está cheia de momentos e minutos raros esperando por nós (ainda que em tempos estranhos!). Feliz de voltar a escrever estas mal traçadas linhas!

Teci